A Motorola, em parceria com a Lenovo Foundation, anunciou a inclusão do idioma cherokee, do povo indígena que vive nos Estados Unidos, na interface do usuário de seus aparelhos compatíveis com o Android 12*. A iniciativa faz parte da missão da empresa de levar tecnologia mais inteligente para todos, além de contribuir com a sobrevivência de idiomas e culturas indígenas em risco de extinção, de acordo com as definições da UNESCO.
O cherokee não é o único idioma indígena presente nos celulares Motorola. Desde o ano passado, todos os aparelhos Motorola lançados com Android 11 ou superior incluem as línguas kaingang (falada nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil) e nheengatu (da Amazônia). Ambas ameaçadas de extinção.
O idioma cherokee foi escolhido para a nova fase desta iniciativa por vários fatores, incluindo porcentagem de falantes nativos, acesso a tecnologias móveis e disponibilidade de especialistas e acadêmicos da área linguística.
Estima-se que há mais de 400 mil cidadãos cherokee nos EUA. Trata-se da maior das 567 organizações indígenas reconhecidas pelo governo local. Porém, menos de 2% dessa população ainda fala o idioma e a maioria são idosos.
O objetivo da Motorola ao dar suporte a esse idioma é ser uma ponte entre idosos que falam cherokee e podem ter menos acesso à tecnologia, e os jovens que estão conectados, porém distantes da língua. Não se trata de uma tentativa de ajudar a preservar apenas a língua, mas também a história, a cultura e a identidade de uma população.
A inclusão do cherokee nos aparelhos Motorola foi possível graças ao apoio de especialistas em linguística da Cherokee Nation (Cherokee : ᎠᏰᎵ ᎠᏰᎵ, Tsalagihi Ayeli ou Ts “Tsalagiyehli”), também conhecida como a Nação Cherokee de Oklahoma e do Eastern Band of Cherokee Indians (Cherokee : ᏣᎳᎩᏱ ᏕᏣᏓᏂᎸᎩ, Tsalagiyi Detsadanilvgi), também conhecida como a Faixa Oriental de Índios Cherokee.
“Queremos pesquisar mais sobre iniciativas de revitalização de idiomas, incluindo outras línguas indígenas ameaçadas de extinção. Além disso, vamos compartilhar nosso banco de dados linguístico do cherokee em código aberto para que outros profissionais de todo o mundo tenham acesso ao nosso processo de inclusão digital”, afirma Janine Oliveira, diretora executiva de Globalização e dispositivos inteligentes da Motorola Mobility. “Esperamos que isso inspire outras ações similares na indústria, pois acreditamos que a tecnologia deve ser digitalmente inclusiva.”
A Motorola vai seguir com pesquisas sobre línguas indígenas no intuito de aprimorar a experiência de uso de seus consumidores no mundo todo.